terça-feira, 21 de julho de 2009


Chega. Basta. Acabou.

Não mais me vais dominar com esse olhar. Não mais me vais utilizar quando bem te quer e apetece, quando te dá mais jeito. Nas tuas horas vagas (minhas perdidas). Não me vais mudar com conversas fiadas e promessas que não existem. Acabou, ainda não percebeste? A boneca com quem brincaste é feita de carne, sangue, lágrimas. Vives num mundo de plástico, adaptas tudo à tua pessoa, moldas as coisas à tua maneira, vês apenas o que te convém. Debates-te contigo próprio, dilemas fúteis, miúdo mimado! Um sorriso não vai chegar, não agora, já não. O teu toque já não me afecta (vai doer, mas vai ser assim). As tuas memórias não vão ser apagadas, mas a tua pasta foi enfiada bem lá no fundo das minhas prioridades. A miúda tola sempre presente, independentemente de tudo, desapareceu. Agrh! Nem sequer vou perder mais tempo aqui a falar de ti. Não me quebraste o coração, não. Mas feriste-o, rasgaste-o quando te apoderaste dele com força e de repente o largaste. Ele caiu no chão, completamente desprotegido, lembraste? Ficou lá, e nem olhaste para trás... Agora quem segue em frente, sou eu.

2 comentários:

  1. «Vives num mundo de plástico, adaptas tudo à tua pessoa, moldas as coisas à tua maneira, vês apenas o que te convém.»

    Forte. Profundo. Pulsa agonia, convicção. Uma revolta chorada. :x gostei tanto.

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  2. Sabes sofia eu também me senti assim. Por muita dor que fosse era a única coisa que ainda possuia dele. E eu odiava e amava, só porque ainda assim o conseguia sentir. é tão estranho não é? aquilo que nos amgoa é aquilo que nos segura. :x

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