Hoje preciso de ti. Um pouco. Muito. Tanto.
Preciso que olhes para mim, que repares realmente em mim. Preciso que não me procures só para chamar a atenção de uma coisa ou de outra, ou por me ralhar porque mais uma vez não fiz tudo bem. Nem acho que alguma vez o fiz. Quer dizer, pelo menos nunca recebi esse teu orgulho, mais: nunca recebi essa tua atenção. Era por isto que não queria crescer, lembras-te? Era muito mais fácil quando, na ilusão, te via a meu lado, a perceberes-me, a interpretares o meu olhar, o meu sorriso, a reparares quando algo não está bem, a perguntares-me o que se passa, a fazeres parte de mim. Queria sentir o teu abraço, a tua protecção.
Estamos todos os dias juntos, mas fisicamente. Mente. Mente, mente, pois mentir é o que faço constantemente. Tento convencer-me a mim própria que a tua ausência é apenas impressão minha, finjo ser mil e uma coisas, interpreto várias personagens, mas nenhuma parece encaixar no teu conceito de final feliz.
Queria que não desvalorizasses o que sinto. Sim, eu sei, eu sinto bastante. Sinto ali, aqui e acolá. Sinto várias vezes ao dia, coisas distintas e em relação a diferentes pessoas. Às vezes sinto muita coisa ao mesmo tempo, mas lá no fundo, gosto disso. Mexe comigo, faz-me sentir viva. Mas tu? Tu não sentes, não demonstras sentir. Recusas-te.
Peço-te um beijo, negas-me. Já o fizeste uma, duas, três vezes… Peço-te para me dizeres que gostas de mim e tu respondes que não vale a pena. Mas vale! Vale um pouco. Vale muito. Vale tanto.
Preciso que olhes para mim, que repares realmente em mim. Preciso que não me procures só para chamar a atenção de uma coisa ou de outra, ou por me ralhar porque mais uma vez não fiz tudo bem. Nem acho que alguma vez o fiz. Quer dizer, pelo menos nunca recebi esse teu orgulho, mais: nunca recebi essa tua atenção. Era por isto que não queria crescer, lembras-te? Era muito mais fácil quando, na ilusão, te via a meu lado, a perceberes-me, a interpretares o meu olhar, o meu sorriso, a reparares quando algo não está bem, a perguntares-me o que se passa, a fazeres parte de mim. Queria sentir o teu abraço, a tua protecção.
Estamos todos os dias juntos, mas fisicamente. Mente. Mente, mente, pois mentir é o que faço constantemente. Tento convencer-me a mim própria que a tua ausência é apenas impressão minha, finjo ser mil e uma coisas, interpreto várias personagens, mas nenhuma parece encaixar no teu conceito de final feliz.
Queria que não desvalorizasses o que sinto. Sim, eu sei, eu sinto bastante. Sinto ali, aqui e acolá. Sinto várias vezes ao dia, coisas distintas e em relação a diferentes pessoas. Às vezes sinto muita coisa ao mesmo tempo, mas lá no fundo, gosto disso. Mexe comigo, faz-me sentir viva. Mas tu? Tu não sentes, não demonstras sentir. Recusas-te.
Peço-te um beijo, negas-me. Já o fizeste uma, duas, três vezes… Peço-te para me dizeres que gostas de mim e tu respondes que não vale a pena. Mas vale! Vale um pouco. Vale muito. Vale tanto.
Quando olho para trás e recordo o que mudou, pego em velhas memórias, em velhas fotografias e objectos que fazem parte de nós e que comparadas com o presente (infelizmente) mudaram completamente. Escolho uma fotografia. Esta imagem guarda sentimentos, estão ali, vêm-se no meu olhar. No teu já não sei. Antes pensava que sabia. Observo-a uma vez mais e empurro-a bruscamente contra o peito. As lágrimas caem, quanto mais penso, mas dói, quanto mais tento esquecer, mais acentuas a dicotomia com o passado, mais te afastas… Tudo custa mais, tudo arde mais. Arde, não cura, mas faz-me bem. Precisava mesmo de chorar, de ser fraca mais uma vez, porque é assim que sou. Fraca em relação a ti.
Um pouco. Muito. Tanto.
Escrito a: 3 de Março de 2009